PROTOCOLO DE ENDODONTIA - ATENDIMENTO ENDODONTICO PARA CANAIS CIRÚRGICOS

 



PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ENDODONTICO PARA CANAIS CIRÚRGICOS

ANAMNÉSE

·         Exame clínico

·         Exames complementares

·         Diagnóstico: Polpa Viva ou Polpa Necrótica

 

PREPARO DO CANAL

 

1.      Raio X inicial: é necessário para calcular o comprimento aparente do dente

2.      Acesso: do ponto inicial, direção da abertura, remoção do teto da câmara, dando forma de contorno específica de cada grupo. Remover o esmalte sem suporte, dentina infectada e retirar o tecido amolecido.

3.      Localização dos canais: é feita através de localizador apical, sonda exploradora e limas finas.

4.      Exploração: é feito o reconhecimento do canal, assim se obtém:

·         A direção e o calibre dos canais

·         Se há presença de curvaturas

·         Se há obturação

·         Se há possibilidade de acesso ao terço apical.

             As limas de secção triangular são as preferidas, é necessario determinar o comprimento de trabalho para a exploração. Desse modo um dente com CTEX de 19mm, o instrumento utilizado deve ser o de 21mm, e com o uso de cursores deve ser calibrado de acordo com o CETEX.

            O terço final do instrumento deve ser pré curvado, o que possibilita a ultrapassagem de prequenos obstáculos. Sempre utilizando o mesmo ponto de referência.

 

5.      Preparo do terço cervical

6.      Odontometria, visa a determinação do comprimento real do dente.

            Método de INGLE:  Observar na radiografia, tomada com instrumento explorador no canal, a relação entre sua extremidade e o vértice radicular, nela será possível identificar as 3 seguintes situações:

·         A extremidade do instrumento não alcançou o vértice radicular

·         A extremidade do instrumento alcançou o vértice radicular

·         A extremidade do instrumento ficou além do forame apical

                        Em raízes com múltiplos canais, cada canal deve ser mensurado separadamente, quando a distância entre a ponta do instrumento e o vértice radicular for superior a 3mm é sinal do que o comprimento do instrumento explorador é inadequado. Nesses casos é necessário aumentar o CTEX, recalibrar o instrumento e fazer uma nova radiografia.

7.      Planejamento e amplitude de moldagem

 Critérios:

·         Diâmetro anatômico inicial (CRD-calibre da lima)

·         Condição da vitalidade pulpar (em relação a contaminação)

·         Presença de curvaturas acentuadas no 1/3 apical

·         Volume radicular no 1/3 apical

·         A partir do calibre 25 as limas perdem a flexibilidade

8.      Esvaziamento

            Esvaziar o comprimento real do dente, fazer isso por terços, sempre passar do vértice. Nos casos de pulpectomia, o esvaziamento consiste na remoção do tecido pulpar contido no canal.

            O comprimento de trabalho para esvaziamento corresponderá ao CDR-1mm, o qual é o limite para a modelagem. O extirpa nervos deve ser utilizado restritamente a canais amplos e retos.     Durante todos os procedimentos dessa etapa, frequentes irrigações auxiliarão no esvaziamento e na limpeza da cavidade pulpar.

 

9.      Moldagem dar forma com objetivos definidos

            Escolher o tipo de tratamento do instrumento, o primeiro não devera ser exageradamente fino e nem muito calibroso.

 

TÉCNICA ESCALONADA

 

             Sua exceção esta baseada na redução gradativa e progressiva do vértice,  a medida do calibre dos instrumentos aumenta, esse recuo permite estabelecer ou manter a conicidade do canal com menor diameto na porção apical.

            Depois do preparo do terço cervical, a técnica e desenvolvida em duas etapas, sendo assim:

1ª Etapa: Lima Flexo File #15 caibrada com 22mm fora do canal o instrumento devera ser limpo. Quando a lima estiver trabalhando com folga, passa ao uso da lima tipo K #20, também calibrada com 22mm, e com a lima Felxo File 25# com  22 m, e com a lima Flexo File #30 com 22mm estará concluída a primeira fase de modelagem, e com ela foi realizado o preparo da porção apical do canal e conformando o stop. A Lima Fexo File #30 será o instrumento de memória.

2ª Etapa: Os instrumentos nessa etapa deverão estar calibrados de odo que cada um deles seja 1mm mais curto que seu antecessor. Assim, a lima 35#, com 21mm é introduzida no canal, após a irrigação e aspiração volta o instRumento de memoria #30, com 22mm ele impedira que os fragmentos de dentina gerados venham bloquear a porção do canal radicular. A seguir utiliza-se a lima Flexo File #40 com 20mm. Instrumento de memória seguido por outra irrigação. A escolha do ultimo instrumento depende dos aspectos anatômicos do canal.

            O uso da técnica escalonada proporciona canais cirúrgicos cujo a forma respeita a anatomia original do canal radicular.

 

1ª FASE

#15

#20

#25

#30

22mm

22mm

22mm

22mm

2ª FASE

#35

#30

#40

#30

#45

#30

21mm

22mm

20mm

22mm

19mm

22mm

 

Fonte: livro: Endodontia Passo a Passo: Evidências clínicas. Por Francisco José de Souza Filho

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